A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) lançou um concurso de fotografia de natureza, designado por Rede Natura 2000 em Foto. Para além do seu carácter cultural, o objectivo desta acção é sensibilizar as pessoas para a importância das áreas protegidas que se inserem na Rede Natura 2000 em Portugal.
O concurso decorre entre 20 de Julho e 20 de Setembro e as fotos devem ser enviadas para natura2000.foto@spea.pt.
Os vencedores vão receber prémios da marca Pentax e irão ver as suas fotografias divulgadas. Para saber mais acerca da iniciativa vá a www.spea.pt.
Onda que chora
Luiz Domingos de Luna
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História dos papéis
O mouse a demarcar
Palavras que somem
Mas que vão voltar
A tela da história
Um trabalho a postar
Um instante eterno
Que não vai durar
Tudo a voar
Sempre escrevendo
De um tempo correndo
Não pode parar
Vida sumida
Na abstração
Vida já vivida
Em outra ilusão
No útero da terra
Vai transformar
Onda que passa
A outro repassa
Sempre a chorar
Transformação
Luiz Domingo de Luna
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Reguei uma planta
No meu jardim
Era um Jasmim
Beleza que encanta
Entre espim
Uma lagarta
Como uma carta
Vinha a mim
Toda enrolada
Comia clorofila
Plumagem colorida
De fogo chamada
Numa manhã florida
A lagarta sumiu
A borboleta me viu
Nos caminhos da Vida
Contemplando o chão
A asa em giro agitava
A Paisagem deixava
Na linha da imensidão
O Gênio da Gravidade
Luiz Domingos de Luna
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Cada tombo uma queda
O Ser vivo a equilibrar
Não pode escorregar
Uma altura que esfarela
Quem anda de avião
Já fica preocupado
Numa pane é jogado
Corpo sem vida no chão
Gravidade impiedosa
Sempre a puxar das alturas
Até às vezes, dá tonturas.
De queda assombrosa
Lá da montanha, um condor.
Voava tranquilamente
Num instante somente
Pensei que estivesse parado
Parado nas alturas
Está tudo errado
Cadê tua força, puxador?
Eu estava enganado
Não era um condor
Não era um planador
Era um simples beija-flor
Enganando a gravidade.
Travessia
Luiz Domingos de Luna
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A Parede da mente
Está quebrada
No conflito da estrada
É reviravolta somente
Á águia está lá
A asa ferida
Sem guarida
Sempre a voar
A água agitada
Tem que passar
Furacão no ar
Força anulada
Na superfície a pisar
O mergulho da morte
É o único suporte
Que espera chegar
Tremulante momento
Uma chuva de vento
A águia a carregar
Rasteja na onda
Como uma lona
O espaço ganhar
A asa dobrada
Tão fatigada
A praia chegar
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